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           // HISTÓRICO                 

O Encontro Nacional dos Estudantes de Geologia (ENEGEO) foi criado como instrumento de organização estudantil no contexto da política ao final da ditadura militar, tendo a sua primeira edição no ano de 1978, na cidade de Recife (PE), como resultado da movimentação Pró-ENEGE. Desde sua primeira edição, o ENEGEO é realizado anualmente, com exceção ao ano 1989, quando não pode ser realizado.
Até a década de 90, o ENEGEO foi palco de discussões de temas pertinentes, como o ensino da Geologia e as questões profissionais que envolviam a carreira do geólogo, mas esta década é marcada pela desarticulação da ENEGE e perda do cunho político e social deste evento. Felizmente, o XXVIII ENEGEO em Farol de Santa Marta (SC) nos demonstra como o ENEGEO pode ter uma grande importância social, baseando sua realização na divulgação dos conhecimentos geológicos para a sociedade, unindo estudantes e convidados participantes do evento com a comunidade sede, através de palestras, aulas, campos e exposições.
Atualmente o ENEGEO é organizado pela ENEGE, através dos seus representantes nas Universidades Sedes, com o propósito de resgatar a essência do evento.
O encontro é realizado em regiões de interesse geológico e preza pela realização de saídas de campo geralmente ministradas por professores e/ou pesquisadores convidados, além de contar com palestras sobre a Geologia da região e temáticas geológicas. Acontecem também palestras e discussões pertinentes a temas recorrentes na área e no contexto político-social brasileiro e mundial

           // ENEGE               

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A Executiva Nacional dos Estudantes de Geologia (ENEGE) surgiu no final de 1962 com o intuito de defender os interesses da classe, como a regulamentação da profissão geólogo, a luta contra o Ministro de Educação da época que propunha reduzir os cursos de geologia para três anos e a campanha pela criação de uma empresa estatal de mineração, a MINEROBRAS.

 

A ENEGE era ligada à União Nacional dos Estudantes (UNE) junto à Secretaria para Ciências Exatas. Com o Golpe Militar de 1964, a UNE foi fechada e queimada, culminando com a desintegração do Movimento Estudantil em âmbito nacional e a extinção da ENEGE em 1968.

 

Após 10 anos de desarticulação, os estudantes de geologia, tendo em vista um momento de reanimação popular na luta contra o regime militar e as péssimas condições de ensino de geologia na maioria das escolas do país, começaram a se articular através da organização do I Encontro Nacional dos Estudantes de Geologia (ENEGEO), reaizado em Recife – PE no fim de 1978. Lá foi criada uma Comissão Pró-ENEGE visando a reorganização da Executiva, para a retomada das discussões sobre ensino, questões profissionais e políticas, e pela reconstrução da UNE, destruída pela ditadura.

 

No III ENEGEO, em 1980, foi recriada a ENEGE com a responsabilidade de articular e dar maior vigor à ação nacional dos estudantes. No mesmo evento foi deliberado o Dia Nacional da Luta contra a quebra do monopólio Estatal do Petróleo e pelo controle popular na exploração dos recursos naturais. Nesse dia os estudantes organizaram atos públicos em diversos lugares do país. Na década de 80, a ENEGE comportouse como organizadora e difusora das discussões e deliberações feitas nos Encontros Nacionais (ENEGEOs), relacionadas principalmente às questões profissionais e ensino. Participou ativamente das discussões que se desenvolviam na comunidade geológica como, por exemplo, Simpósio Nacional de Ensino de Geologia promovido pela SBG, que teve como resultado o currículo mínimo que balizou a estrutura curricular da grande maioria dos cursos do país. 

 

A década de 90 foi marcada pela desarticulação da ENEGE e a mudança de caráter dos ENEGEOs, que se tornaram apenas momentos de confraternização, perdendo o viés político, causa de sua criação. 

 

Em 2001, no XXIII ENEGEO realizado em Lençóis – BA houve uma tentativa de retomada das discussões encabeçadas pela ENEGE, a qual teve pouco sucesso devido à total desarticulação dos estudantes. Em 2003, no XXV ENEGEO, promovido pela UNB em São Jorge-GO, realizaram-se duas reuniões das quais se constituiu uma Comissão Pró-ENEGE, com a presença de representantes de 14 escolas de geologia do Brasil. A partir daí a ENEGE retomou seu caráter político com instância máxima deliberativa na Assembléia Geral do ENEGEO.

 

No final da década de 2000, a ENEGE mostrou-se novamente desgastada, contribuindo pouco para as discussões da classe geológica. Percebe-se, portanto, que a Executiva vêm apresentando um comportamento cíclico, alternando momentos altamente politizados e outros de baixa participação estudantil.

 

Atualmente a ENEGE passa por um momento de transição, buscando mais uma vez se reerguer e tornar-se mais presente nos centros acadêmicos e Instituições representativas da classe geológica.

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